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Sobre heróis, vilões e o mundo real (com estudos reais)

29/10/2009
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Alerta: O objetivo desse post vai ser incentivar o pensamento sobre a questão. Não pretendo fazer uma análise sobre como construir vilões ou heróis, porque isso é algo que aparece continuamente em diversos blogs, sites e livros de rpg e não acredito que preciso incluir mais sobre isso.

Em vez disso, vou comentar sobre um vídeo que assisti com Philip Zimbardo sobre o que faz alguém decidir entre bem e mal, ser um herói ou vilão.

O vídeo é todo em inglês e tem imagens fortes, infelizmente não encontrei ainda algum lugar com uma versão traduzida ou com legendas. O Zimbardo já foi muito criticado pelo experimento que ele realizou envolvendo uma simulação de prisões (ele chega a falar sobre ele durante o vídeo), mas mesmo assim vale assistir.

Para quem não fala inglês fluente, aqui tem um dos estudos utilizados descrito no wikipedia. O do choque estou procurando um local onde ele seja bem descrito.

Em resumo, os dois estudos que ele mostra falam como pessoas, colocadas na situação correta, podem ser levadas a praticarem atos desumanos. Normalmente a gente ouve esse tipo de afirmação em filmes ou lê em romances, mas parece algo limitado a ficção ou que nunca vemos exemplos reais. É interessante ver essa teoria demonstrada na prática.

Isso não indica uma inclinação natural do ser humano a ser bom ou mau. Ou que a atitude das pessoas são determinadas exclusivamente pelo ambiente. O que os dois estudos demonstram é que a maioria das pessoas escolhe seguir o que o ambiente e a situação indicam como correto, possível e que não irá gerar repreensão, sem avaliar se o que estão fazendo é moralmente correto.

Nesse sentido, as pessoas que se tornam heróis muitas vezes são as que escolhem não seguir a autoridade ou o padrão estabelecido e escolhem questionar as ações praticadas. E por isso muitas vezes são heróis inesperados.

É o tipo de vídeo que, mesmo que se discorde do palestrante, é bom para pensar.

Update: Um site que explica melhor a ‘Prisão de Stanford’, em português. A tradução não é das melhores, já aviso.

One Comment leave one →
  1. 04/05/2010 3:10 pm

    Como é que eu não lí isto antes?

    Gostei da Sugestão Kimble, Valeu!

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